segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Depois Do Fim Do Mundo - Memórias De Um Sobrevivente

As coisas hoje estão mais calmas. Durante os primeiros meses, foi um verdadeiro inferno. Todo aquele sangue, aquele cheiro terrível, e toda a minha família querendo arrancar um pedaço meu com os dentes. E tudo por causa da ganância de uns desgraçados sem mãe. É, acho que vai ser difícil que este memorando chegue ao fim sem que seu escritor seja morto. Já os ouço chegando, então vou logo contar essa história.

Eu lembro exatamente de como tudo começou. O ano era 2012, mais precisamente no dia 20 de Dezembro, um dia antes do fim do mundo. Todos esperavam um grande meteoro. Pobres iludidos. O que veio foi muito pior que uma pedra qualquer caindo do céu. Ninguém imaginava algo assim, tão catastrófico. E se formos analisar, hoje, um meteoro seria a única salvação para o planeta. Mas como eu ia dizendo, no dia 20 de Dezembro todos estavam extremamente nervosos e tensos, e até mesmo um pouco ansiosos para saber o que aconteceria com o mundo no dia seguinte. E no meio de todos esses ignorantes estava eu. Só um cara qualquer, a ponto de fazer 19 anos. Já tinha algumas teorias sobre o fim, mas ninguém acreditava em mim. Um monte de idiotas se quer saber minha opinião. Afinal, eu estou vivo e eles não, então eu estava certo de todo jeito. Vale lembrar que todo mundo ficou louco depois que, em Novembro de 2012, descobriram uma forma de matar qualquer forma do vírus Influenza, em todas as suas variações. Foi aí que os problemas começaram: mudanças repentinas de humor, reclusão, alucinações. De início, parecia um surto massivo de esquizofrenia, que afetava todos que haviam tomado a maldita “cura”. Isso no dia 20. No dia 31, todos se curaram magicamente da esquizofrenia-relâmpago, e desenvolveram um desejo incontrolável por carne humana. É, parece coisa de filme de zumbi. A diferença é que um zumbi não possui sinais vitais e não tem nada na cabeça, enquanto que os loucos canibais pensam, falam, agem normalmente e estão vivinhos. Até a hora de comer. Nessa hora, fode tudo.

Enfim, as pessoas começaram a ficar loucas, saíram por aí matando quem não estava transformado, e quando não tinha mais gente normal nos lugares, começaram a matar uns aos outros. Foi literalmente uma carnificina. Felizmente, como esses canibais são seres viventes, morrem com a mesma facilidade de um humano comum, só oferecem maior resistência. Não demorou muito para as pessoas que não haviam tomado a tal “cura” começarem a formar grupos (um bom exemplo é o nosso: Eu, com a minha Desert Eagle, o Ranzo, como sempre, se exibindo com uma Glock e uma Smith&Wesson e o Alemão com o rifle Winchester) e se reunirem em lugares seguros, para se protegerem contra os assassinos comedores de carne. No nosso caso, o QG era a casa do Alemão, o lugar mais seguro pra se estar numa ocasião dessas.

E lá é o nosso QG por causa do protocolo: Em vista de qualquer sinal de catástrofe, e sob qualquer circunstância, aquele bairro é o refúgio perfeito, por causa de todos os recursos encontrados por lá: armas em abundância na base do COPE (Centro de Operações Especiais), uma quantidade absurda de veículos, tanto do COPE quanto das concessionárias próximas, disponibilidade de comida e abrigo. E é um lugar isolado, longe dos bairros grandes. Enfim, o lugar perfeito para se refugiar durante uma invasão.

E assim, fomos levando a vida por 3 anos. Até um mês atrás, quando o Ranzo e o Alemão descobriram que suas famílias estavam vivas e refugiadas fora de Belo Horizonte. Eu insisti que eles fossem vê-los, e até hoje não tenho notícias. Provavelmente eles estão mortos, uma infelicidade tremenda. Eu gostava daqueles filhos da puta, eram boas pessoas, e atiravam como ninguém. Agora eu estou aqui, sentado nesse chão imundo, esperando a morte chegar. Preciso me preparar para eles. Só quero deixar uma coisa bem clara: caso eu não morra, vou atrás dos responsáveis pelo fim da humanidade. Malditos porcos imundos, só pensam no dinheiro. Bom, eu vou-me. A fechadura não vai aguentar muito tempo. Por enquanto, esse é o fim.

domingo, 14 de agosto de 2011

Depois Do Fim Do Mundo - Os Sobreviventes

Deixei de lado o notebook que tinha as minhas memórias e olhei pro chão, para escolher a minha arma. A Desert Eagle era uma arma poderosa, com precisão boa, mas queria guardá-la pra uma situação especial. Então peguei uma pistola semiautomática com mira laser e apontei pra porta, que caiu com um estrondo poucos segundos depois. Três professores que eu tive na escola entraram pela porta, grunhindo e gemendo. Que merda, eram os que eu mais gostava naquela porra. Matei os três e saí daquele lugar sujo com meu notebook e as armas. Achei melhor voltar pro QG e esperar o Ranzo e o Alemão aparecerem.

Mas a volta não foi exatamente tranquila. No meio do caminho, fui emboscado por um grupo grande de canibais, um número bem maior do que eu estava acostumado. Resolvi lutar, mesmo assim. Tiros voavam pra todos os lados e, mesmo assim, os canibais pareciam não acabar, e eles vinham rápidos pra cima de mim. Já quase encurralado, senti que não ia viver pra lutar mais um dia. Mas de repente os canibais começaram a cair, um a um, todos com tiros na cabeça. Olhei para trás e tive a visão mais feliz das últimas semanas: Arthur Ranzo e Alemão, em um Hummer blindado do exército, distribuindo amor e alegria em forma de balas de calibre 50 mm.

Que felicidade eu senti nessa hora cara, puta merda. Eu achava que esses malucos estavam mortos, e de repente eles aparecem num carro do exército matando canibais com armas que derrubam aviões. A sensação era incrível, impossível descrever com palavras.

Gritei pra eles:

- Seus filhos da puta, eu achei que vocês estavam mortos, porra!

- Aaaaah, vai te fuder mermão! Tá achando que a gente é o que? Não são uns babões de merda que vão parar a gente não cara! Tá esperando o que, velho? Sobe aí e vambora pro QG que eu tô morrendo de fome!

Cara, o Ranzo é uma figura mesmo. Sempre gostei desse filho da mãe.

- Mas e aí cara, me conta como foi a busca.

- Lá no QG eu te conto tudo. Claro, depois de rangar e tomar um litro de whisky!

- Beleza. E você Alemão? Tá calado aí cara. O canibal comeu sua língua?

- Vai à merda.

- Hahahaha bacana. Tudo de volta ao normal.

sábado, 13 de agosto de 2011

Depois Do Fim Do Mundo - A Busca

Depois de comer quilos de comida, o Ranzo finalmente veio me contar o que tinha acontecido.

- Mermão, foi a pior merda do mundo a gente ter saído daqui pra procurar nossas famílias. Puta que pariu cara, eu tô com vontade de chutar uns vinte. A informação que chegou pra nós era falsa. Um canibal com um pouco de massa cinzenta a mais ficou sabendo do nosso grupo, e mandou essa. Imagina como que eu e o Alemão ficamos emputecidos quando a gente chegou lá e não tinha ninguém. Aliás, ter até tinha, mas não eram humanos, muito menos nossos parentes. E eram uns cinquenta viados comedores de gente mermão, sem sacanagem. Isso só no lugar que a gente tava, porque em volta tinha muito mais. Depois que a gente deu uns tiros, abriu o caminho e a gente vazou. Mas as saídas da porra da cidade tavam todas bloqueadas. E pra piorar, nosso carro foi destruído cara. Isso foi o que me deixou mais puto. Até a gente dar um jeito de sumir de lá, ainda mandamos muitos desgraçados pro inferno. Aí a gente achou essa belezinha por lá. Dentro uma bazooka, que foi a nossa salvação, porque aí deu pra destruir as barreiras. Demos o fora de lá, chegamos aqui e você tava quase virando comida de canibal. E foi isso que rolou. Mas que eu tô muito puto, isso eu tô.

- Entendi cara. Que filha da putisse hein mermão, dar alarme falso assim. Ainda bem que vocês dois são bons. E até agora a única coisa que o Alemão falou comigo foi “Vai à merda”. Não tá feliz em me ver cara?

- Tô sim velho, é só que...

- Só que o que?

- Só que ele é um viadinho do caralho e achou ruim o Hummer do exército. Queria uma caminhonete com umas placas de aço e os caralho a quatro. Você tá vivo, porra! Isso tá bom demais. Depois, a gente arruma uma caminhonetezinha só pra você. Aí você enfia ela na bunda e fica feliz tá bom?

- Caralho, não dá pra ficar com raiva de você. É impossível, um cara escroto que nem você só me faz rir, Ranzo. É bom ser seu amigo.

- Ah, que isso Alemão. Valeu cara. É bom ser seu amigo também.

- Beleza, as duas moças terminaram de discutir a relação né? Também acho bom ser amigo de vocês dois, mas vamo parar com essa lambeção de saco porque isso aqui tá virando uma sauna gay!

- Ah, vai te fuder Berquó!

- Uuuh, fizeram até coro hein! As duas ensaiaram bastante hoje hahahaha.

É cara, eu realmente gosto muito desses dois.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Depois Do Fim Do Mundo - O Que Estamos Enfrentando?

Muito bem, neste momento, você deve estar se perguntando o que são esses tais “canibais” que a gente tanto fala, e por que eles não são como zumbis. Pra começar, eles não são exatamente humanos. Estão vivos, conseguem falar e agir normalmente. Até sentirem fome. A fome ativa algo no cérebro desses maníacos que os deixa totalmente irracionais. Tenho uma teoria interessante: a suposta cura contra o vírus Influenza é, na verdade, uma espécie de parasita desenvolvido pelos cientistas gananciosos responsáveis por essa merda toda, que se hospeda em duas regiões do cérebro: a que controla a fome e a que controla os sentimentos. Quando a pessoa sente fome, os parasitas entram em ação, transformando seu hospedeiro em um monstro irracional e apático que só quer se alimentar.

Ok, você diz, mas por que eles não se matam? Isso seria bem mais simples que sair por aí comendo humanos, que oferecem grande resistência. Bem, quanto a isso, eu diria apenas que esses filhos da puta pensam. Eles se organizam em sociedades, mais ou menos que nem a gente, que é normal. Eu acredito que se, um dia, só sobrarem esses desgraçados na Terra, eles vão começar a comer uns aos outros. Talvez nem precise que sejam só eles. Quando os humanos começarem a vencer, eles verão que somos uma grande ameaça e vão começar a se comer, no sentido não bíblico da palavra. Mas eu ainda sinto uma puta raiva desses bastardos. Ah, uma coisa importante: já que eles não são zumbis, eles morrem facilmente do mesmo jeito que um humano morreria. Mas, como sempre, se concentre nas áreas importantes, principalmente coluna vertebral e cabeça.

Enfim, essa foi a aula básica sobre canibais. Espero que se sinta bastante instruído com estas valiosas informações, e espero que esse pequeno “guia” te ajude, caso quem quer que leia isso ainda esteja vivendo na Canibalândia (pois é, falta de criatividade dá nisso hahahaha).

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Depois Do Fim Do Mundo - Conhecendo Os Sobreviventes

Muito bem, hoje é dia de conhecer um pouquinho mais sobre esses três bastardos que lutam por suas vidas. Começando por mim:

Meu nome completo é Marcelo Berquó De Carvalho Filho, mas os dois só me chamam de Berquó então vai ser assim. Tenho 22 anos, uma Desert Eagle que eu chamo de Jötunheimr, dois amigos inseparáveis e uma vontade louca de matar uns bastardos comedores de carne. O que me deixa mais feliz é ver a cabeça de um canibal explodindo em mil pedaços depois de um tiro perfeito, e o que me deixa mais puto é a ganância dos bastardos que fizeram o mundo acabar desse jeito.

O Ranzo se define assim:

Meu nome? Vocês não precisam do meu nome, me chamem como quiserem, apenas não me encham a merda do meu saco me chamando toda hora... Eu sou prático, mato essas coisas antes que esses filhos da puta me matem. Claro que tenho Asgard, minha Glock 17 e Fenris, minha Smith e Wesson .46 para me ajudar... Já falei demais, saia do meu caminho, não tenho tempo pra essa merda!

E, finalmente, o Alemão:

Meu nome é Heitor Wacha de Santana, Me chamam de Shaws, ou qualquer merda assim. Tenho um Winchester que carinhosamente chamo de Odin. E só posso dizer uma coisa: eu avisei...

Pois é, esses somos nós. Três desgraçados que sabiam desde o começo que ia dar merda um dia, mas que ninguém escutou. Vai ver é por isso que somos só três né? Vai saber.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Hey, putinhas de verão...

hoje não é o Berquó que vai escrever essa merda, ele foi ali por um tempinho, sei La fazer o que... Dar a bunda talvez... Roubei seu notebook e hoje é a minha vez!

Ele conta a vocês sobre as merdas dos canibais não é, esse boiola cheio de tempo... Eu tava aqui lendo a teoria dele sobre como a cura da influenza fez com que as pessoas quisessem comer umas as outras... Isso é besteira... Isso não existe... Isso é ele querendo explicar as coisas... Ele tem essa merda dessa mania... Eu digo a vocês uma coisa... NÃO INTERESSA SE FOI A CURA DA PORRA OU A BOCETA DA MERDA OU O CAPETA DE BIQUINI!!! O que interessa é que eles querem nos comer, e, como eu já disse a ele uma vez... EU MATO QUALQUER COISA QUE TENTAR ME COMER... SEJA COMO FOR! Mas o Marcelo é assim mesmo, ele e a sua mania de explicar como tudo funciona... Talvez fato de ele ter tido uma mulher linda com uma boceta quente antes disso tudo acontecer faz com que ele queira entender as coisas... Comigo nunca foi assim... As coisas acontecem, e eu as resolvo... SIMPLES!

Isso me lembrou uma história de quando tudo isso começou, tinha um cara, um fodido excroto, chamava Túilo, mas eu o conhecia como Barata, por que ele era negro e tinha as pernas e os braços finos, sabe, aqueles caras manos... Então, quando começou isso tudo, ele quis dar de malandro e comer uma das canibais, mas acontece que ele é burro e deixou a mulher chupar o pau dele, então, claro, a mulher arrancou a pica dele fora com a boca, e depois, comeu o estomago dele... Então, como uma afronta a sociedade, eles deixaram esse merda exposto no centro da cidade, pendurado num semáforo, que nem um pedaço de carne no açougue. Quando eu vi esse filho da puta pendurado sem pau e com um buraco no estomago eu lembrei de uma coisa que ele me disse uma vez... ‘O Problema de comer mulher feia é que da indigestão!’ ... Dessa vez foi forte! HAHAHAHAHA! Filho da puta...

Bom seus merdas, eu não sei quanto tempo falta para o Berquó voltar, eu sei que eu vou aproveitar a internet para bater umazinha, por que eu não sou tão burro como esse cara.

Não sei quantas pessoas lêem essa merda que ele escreve, mas, eu digo para todos: NÃO SEJAM ESTÚPÍDOS, MATEM SEM PIEDADE ESSES CANIBAIS EXCROTOS!!!

Ranzo.

Só lembrando... Vão a merda!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Depois Do Fim Do Mundo - Algumas Explicações

Muito bem, seus putos. Acabou a palhaçada. O Ranzo conseguiu me deixar puto da minha cara mexendo nas minhas coisas, aquele desgraçado. Um tempo no cantinho da desgraça vai fazer bem àquele cérebro de bosta dele. Hahahahaha mentira, é zueira isso. Tanto o Ranzo quanto o Alemão estão livres pra escreverem a merda que quiserem desde que seja útil ao nosso propósito. Mas foda-se toda essa merda, vamos às explicações.

A primeira de todas, e vocês devem estar realmente curiosos sobre isso, é que eu realmente tinha uma namorada antes dessa putaria toda com os canibais começar. Puta merda cara, como eu amava aquela mulher! Ana...ela era simplesmente perfeita. E o que me fode até hoje é que eu a vi morrer bem na minha frente. Pior ainda, a dúvida sobre o que realmente a matou. Até hoje eu ainda penso que fui eu, mas os caras sempre dizem que ela já estava infectada e que não havia nada que eu pudesse fazer a não ser tirá-la do sofrimento com uma bala na testa. Sinceramente, eu acho que eles são cheios de merda e só falam isso pra me consolar. Agora foda-se, cara, nada vai trazê-la de volta. Pelo menos nós fomos felizes, e muito. Mas eu acho que depois dessa o que sobrou do meu amor se transformou em decepção, ódio, vingança, desprezo e todas essas merdas que são péssimas, mas que nos fazem sentir melhor depois que percebemos que o mundo já era e a felicidade acabou.

Outro ponto que eu quero deixar bem claro é que eu sou assim mesmo: tudo pra mim tem que ter uma explicação, um motivo, por mais absurdo que seja. E agora, Ranzo, eu falo diretamente com você: EU EXPLICO AS MERDAS QUE EU QUISER, MATO AS MERDAS QUE EU QUISER E O CAPETA DE BIQUINI É A SUA MÃE, SEU DESGRAÇADO! EU QUERO MAIS É QUE ESSES FILHOS DE UMAS PUTAS SE FODAM PROFUNDAMENTE, MAS EU QUERO SABER O QUE EU TÔ MATANDO ANTES DE MATAR, CARALHO! E mais uma coisa, só eu posso definir a temperatura da boceta das minhas mulheres, seu viado! Hahahaha um abraço na sua alma, desgraçado.

Ah sim, o conselho do Ranzo no final do “recadinho” dele vale pra todos...matem esses putos sem piedade nenhuma. Matem-nos como se eles tivessem comido com azeite o cu das mães de vocês, porque isso não é nem metade do que eles podem (E VÃO) fazer com vocês se te pegarem. E eles não merecem nada menos que isso, entendido?

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Depois Do Fim Do Mundo - Hora De Explodir Umas Cabeças

Olá, senhores e senhoras que leem esta merda! Achei que estava faltando um pouco de ação nessa porra, então vou contar como três desgraçados conseguiram lidar com uma HORDA de comedores de carne desgraçados.

Era um dia como outro qualquer (claro, levando em consideração o que tinha acontecido com o mundo), eu, o Ranzo e o Alemão estávamos por aí tentando achar mantimentos, munições e tal. Tínhamos de sobra, mas essas coisas nunca são demais. Dirigíamos nosso blindado adaptado a tocar música. Na hora em que a gente chegou perto do BH Shopping, estava começando a tocar Creeping Death...momento perfeito pra aparecerem uns 300 putos. Na hora, o Ranzo gritou:

- 300 É? EU AGUENTO MUITO MAIS DO QUE ISSO, MEU AMOR! O BURACO É MAIS EMBAIXO, VIU?

Foi só o desgraçado falar isso que o número dobrou. Puta que pariu, que boca maldita a desse viado! E aí começou a chacina. Cada tiro da minha D. Eagle era uma cabeça explodida. O Ranzo com a Glock e a Smith&Wesson fazia os putos virarem queijo suíço. O Alemão com a Winchester esperava uns três ou quatro se alinharem e dava tiros certeiros. Nós estávamos indo bem, mas mesmo assim, eles pareciam não acabar nunca, e eles vinham correndo cada vez mais rápido e chegando cada vez mais perto. Um deles pulou em cima do Ranzo e tentou arrancar a cabeça dele fora com os dentes, mas eu fui mais rápido e meti-lhe um tiro na fuça. O Ranzo ficou putíssimo, e começou a gritar comigo:

- TÁ MALUCO, PORRA! PODIA TER ME ACERTADO, FILHA DA PUTA! VAI SE FODER!

- BELEZA ENTÃO, VIADO! DA PRÓXIMA VEZ QUE SE FODA E EU DEIXO O DESGRAÇADO TE MATAR, SEU INGRATO DE MERDA!

- AS DUAS SENHORITAS PODEM PARAR COM A DR AÍ E ME AJUDAR A MATAR ESSES MERDAS? BERQUÓ, TEM UM ATRÁS DE VOCÊ! PRESTA ATENÇÃO, PORRA!

- AH, VAI SE FODER VOCÊ TAMBÉM, ALEMÃO! (eu e Ranzo falamos juntos)

E continuou o massacre. Com o tempo, o número foi diminuindo, até que, por fim, acabou. Alguns tentaram fugir quando viram que já era pra eles, mas conseguimos acabar com todos. No final, era uma cena linda (linda é o cacete, tava cheio de sangue, tripas, miolos, pedaços de corpos e fedia pra caralho), aquele monte de bastardos mortos no chão. O Alemão foi o primeiro a falar:

- Que orgulho!

- Pois é, nós somos fodas!

- Eu disse que aguentava mais que 300!

E com isso, continuamos a procurar o que precisávamos. Tudo encontrado, voltamos pro QG e fomos dormir. Matar canibais famintos dá um sono da porra!